terça-feira, 24 de julho de 2012

Itatiaia - natureza com aventura e conforto

Fotos e texto: Luiz Gonzaga Godoi Trigo

Vivencio essas férias de julho de maneira fragmentada, mas fui rever um dos cenários espetaculares da minha adolescência. Quando era aluno do Técnico de Turismo em Campinas, em 1975 (!!!), fizemos uma excursão ao Parque Nacional de Itatiaia com o professpor de geografia, o José Roberto Torquato. Aos meus 16 anos entrei nas matas e planaltos que se estendem no vértice das fronteiras do São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Depois voltei algumas vezes para acampar com meus amigos e assim fizemos até quase o final da universidade. Fazia uns 30 anos que não revia essa natureza selvagem espetacular.


Essa é a visão que se tem das Prateleiras, acima das nuvens que cobrem a floresta secundária do parque e, ao longe, o vale do Paraíba.


Há vários lugares para se ficar, comer e passear ao redor do parque nacional. Penedo é o lugarejo de menor altitude, Visconde de Mauá é rústico porém, para mim, o mais charmoso é Maringá, uma vila dividida entre Rio de Janeiro e Minas Gerais.


Ali há lojinhas de artesanato (desde coisas bem legais até porcarias desprezíveis), ateliês com trabalhos interessantes, restaurantezinhos descolados, pousadas e hotéis, trilhas e recantos com surpresas e preciosidades discretamente espalhadas pela serra.  Veja, por exemplo, essa pia lavrada na madeira, da forneria Casa de Pedra, um lugar que faz pizzas de vários tipos, inclusive com farinha integral. http://www.saudavelemmaua.com.br/


É uma mescla de pizzaria e café gourmet & padaria orgânica, com vários ingredientes cultivados no sítio dos donos, na Pedra selada. A casa é toda esculpida e talhada em madeira clara encaixada com vidros e decorada com sobriedade e gosto civilizado.


Há três restaurantes estrelados pelo Guia 4 Rodas na região: o Rosmarinus, com duas estrelas; o Gosto com Gosto e o Babel, com uma estrela cada.O Rosmarinus possui uma longa tradição de destaque gastronômico e um serviço excelente. Vale o preço que cobram.


A especialidade locais são as trutas e os fondues, mas as massas e carnes são igualmente saborosas e a comida mineira domina parte da gastronomiado pedaço.


Várias pousadas e hotéizinhos charmosos garantem tranquilidade, cenários exuberantes ...


... além de cantos aconchegantes para tomar desde chás e cafés, até vinhos e spirits mais encorpados.


O Gosto com Gosto, em Visconde de Mauá, reduto da comida mineira, tem paredes cobertas com pingas locais e regionais.Comi uma galinha com ramas de canela, seguida pelo bufê de doces caseiros. O único deslize foi a falta de queijo (de queijo!!!) numa casa mineira. Imperdoável. É como faltar chopp em festa alemã.


Quem gosta de pássaros pode observá-los em vários lugares. Dentro do parque há alguns poucos hotéis e propriedades como o Hotel do Ypê, onde almocei e tirei essas fotos. É um dos lugares onde não compensa comer, a bufê é medíocre e caro. Melhor passear por lá e comer nas vilas onde há lugares realmente sofisticados (deliciosos e caros) e lugares simples, com comida delicosa e a preços mais justos. Essa farrinha ornitológica no viveiro natural do hotel durou pouco pois ...


... o tucanão espalha-roda chegou com tudo e se apossou do prato;


Além desses animais "ao vivo" como os tucanos, há fotos e modelos empalhados de vários bichos na sede do parque, onde há um museu bem razoável mostrando a fauna, a flora e as condições geológicas e climáticas do Parque.


O topo dos passeios é o pico das Agulhas negras, que dá nome à academia militar do exército, situada em Resende (RJ), ao pé da serra da Mantiqueira. Tirei essa foto do planalto de Itatiaia, onde se chega pela portaria 2 do parque, acessível por uma trilha que sai da estrada Dutra/Caxambú. Nessa estrada há mais restaurantezinhos rústicos e muito honestos, além dee econômicos.


A altura do pico das Agulhas Negras? Essa é a explicação oficial oferecida no museu do parque.


Uma das trilhas que saem do planalto, ao lado do abrigo Rebouças (2.350 m.) vai para as Prateleiras. É uma trilha relativamente curta e fácil mas que oferece cenários fantásticos ...


... especialmente quando as nuvens estão baixas e sobrindo os vales. Há uma trilha de vinte quilômetros que chega até a sede do parque, mas é preciso autorização antecipada para a aventura.


Na beira do planalto a gente se sente no topo do mundo, sorvendo o ar puro e frio das montanhas...


... onde a sensação de vertigem é minimizada pelas visões ...


... dos paraísos terrestres que sobraram pelo planeta.

Para mais informações sobre a região:

http://www.visiteviscondedemaua.com.br/






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