segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Andalucia, Cordoba - uma das preciosidades da Iberia moura

Já estive algumas vezes na Espanha, mas nunca tinha ido para a Andalucia. Dessa vez, aterrisei em Lisboa, aluguei um carro (Ford Fiesta diesel, pela Hertz) e fui para o Faro, no Algarve (cerca de 240 km). Dormi e no dia seguinte atravessei a fronteira rumo a Cordoba. Um detalhe ridículo. Em algumas estradas portuguesas, inclusive na A-22 do Algarve, onde tive que passar, há um pedágio eletrônico estendido sobre a pista, que nem os radares. Você passa direto e depois tem que ir no Correio, levar o documento do carro e pagar as taxas. Ora, passei lá num sábado, no domingo vim para a Espanha, o Correio só abre dias de semana, quero ver como vou pagar, só se for na volta (tem cinco ou sete dias para pagar). Isso é uma estupidez renomada, mas enfim... dane-se.






A Andalucia é famosa por ter sido dominada durante séculos pelos mouros, ou os povos islâmicos que invadiram a penìnsula ibérica. Há mil anos, judeus, cristaos e mouros viviam em uma paz relativa, unidos pelo comércio e pela ciência, até que, no século XIII, os cristáos retomaram o lugar e expulsaram os mouros, depois perseguiram os judeus e todos ficaram desunidos para sempre. A maravilha de Córdoba é a Mesquita-Catedral, ou seja, a imensa mesquita local que foi transformada em igreja católica depois da retomada do poder pelos cristaos. O antigo minarete foi travestido de torre sacra que se vê acima.





A antiga mesquita foi sendo ampliada através dos anos até se tornar uma preciosidade arquitetônica, decorada com entalhes, detalhes esculturais e arabescos que transformaram o edifício em uma das jóias da península ibérica, ao lado da Alhambra, em Granada.


O misticismo islâmico toma forma na geometria milimetricamente elaborada que leva as criaturas criadas por Alá à ascese detonada pela estética.


O edifìcio foi um dos poucos que restou dos tempos islâmicos ...


... mas seu interior foi transformado com a inclusao brutal de uma nave que hoje forma o complexo das catedral católica de Córdoba.


Estive lá no domingo de carnaval. Umas poucas pessoas fantasiadas fazem a festa pelas ruas, algo bastante tímido. Segundo me disseram, o carnaval de Cádiz é o mais agitado da área.


Fiquei no Parador de Córdoba, uma das belezas do turismo estatal espanhol, que possui cerca de oitenta propriedades dese tipo, caracterizadas pela boa gastronomia, algumas pelos aspectos históricos  todase pelo estilo solene.


Essa é a vista que tinha do meu apartamento. Voltarei a comentar os Paradores em breve.

De Córdoba vim para Granada (duas horas de carro, um pouco acima do limite de velocidade e por ótimas estradas), onde estou no hotel Íbis, pois o Parador daqui está ao lado da Alhambra e vive lotado.

Um comentário:

Confraria Rei Netuno disse...

Obrigado e parabéns grande mestre Prof.Dr. Luiz Trigo, pesquisador,cientista e amante do Turismo. Através do seu Blog e das suas palestras, gratuitamente conseguimos nos transportar e visitar esses paraisos, compartilhando dessa sua gostosa energia, vibrando como se lá estivéssemos.
Beijos no coração, Lima Trigo e Marli.