terça-feira, 30 de novembro de 2010

Novembrite, universidades e aeroportos

Novembrite é a fase final do ano letivo e ecomercial onde professores e pesquisadores, profissionais, empresários e vários tipos de pessoas tentam acabar suas coisas antes das festas de final de ano. No meu caso o final do ano veio acompanhado de reuniões, festas de casamento, festas de final de ano, viagens profissionais, pareceres, correção das provas dos alunos, trabalhos de conclusão de curso, encontros com amigos e tentativas de postar tudo neste blog. Não dá. Estou em atraso com as postagens do 22º Enarel - Encontro Nacional de Recreação e Lazer, que foi em Atibaia (SP), semana passada. Há também uma postagem linda da estrada de Caxias do Sul/Porto Alegre, feita em companhia dos professores Eurico e Susana, da UCS, mas ainda não deu tempo. Me aguardem.

Estou postando da sala da American Express do aeroporto de Congonhas (SP), a caminho de Aracaju onde darei uma palestra na Universidade Federal de Sergipe. Depois das encrencas de ontem, com a TAM, o aeroporto hoje está tranquilo e voarei com a GOL.

O Ricardo Teixeira voltou a falar sobre os problemas com os aeroportos. Numa conversa que tive com um piloto no domingo, que viajava como passageiro de Porto Alegre a São Paulo, ele deixou claro que não são apenas os estacionamentos e salas de embarque/desembarque que têm problemas nos aeroportos brasileiros, os páteos são um drama pouco visto e comentado porque seus problemas são vivenciados apenas pelas tripulações e equipes técnicas das companhias aéreas, os passageiros sentem o desconforto e os atrasos mas não imaginam as porcarias. Por trás de tudo, a ineficiência e a letargia (para dizer o mínimo) da INFRAERO. Não há espaço suficiente nos páteos e áreas de manobras, não há ônibus em número adequado para passageiros, não há equipamentos de última geração para navegação aérea (por isso quando chove ou há uma névoa os aeroportos brasileiros fecham enquanto aeroportos no exterior funcionam à noite sob neve), a bagagem demora para chegar e em alguns aeroportos (como Congonhas), há buracos na pista que precisam ser sinalizados e evitados pelos aviões que possuem trens de pouso delicados e caríssimos.

Enquanto isso vou de universidade em universidade aprendendo um pouco mais sobre o Brasil e nossos tempos. Hasta la vista.

domingo, 28 de novembro de 2010

Rua Padre Chagas, Porto Alegre (RS)

Toda cidade possui ruas ou bairros especiais, que se destacam de alguma forma na paisagem urbana e marcam a cultura de uma classe social ou de uma época.


Em Porto Alegre, a rua Padre Chagas é conhecida como a Calçada da Fama. Está no bairro Moinhos de Vento, um dos bairros chics e descolados da cidade.


A rua começa ao lado do parque do Departamento de Águas e Esgotos da cidade e percorre uns poucos quarteirões até  shopping Moinhos de Vento, ao lado do hotel Sheraton e uma quadra acima do "parcão", outra área verde onde as pessoas passeiam e fazem esportes.


É uma rua com lojas de roupas, decorações, artigos gastronômicos, prédios residenciais e comerciais, restaurantes, pubs e bares temáticos, recantos discretos ou suntuosos e espaços para as pessoas andarem nas calçadas ou se sentarem em bancos ou mesinhas charmosas para conversar, tomar um café, um chopp ou  para verem e serem vistas e fotografadas enquanto relaxam...


A área ao redor da rua é muito arborizada e cercada de prédios residenciais clássicos e bem construídos. A torre rosada e azul ao centro é o hotel Sheraton.


Nas ruazinhas adjacentes há casarões bem conservados que abrigam escritórios, restaurantes e até residências que sobreviveram à verticalização local.

Esse é um delicioso endereço...


... onde guloseimas nacionais e importadas são oferecidas para todos os gostos e bolsos...


... e nessa época de final de ano tem os berries nacionais, como amoras, mirtilos e morangos.


O setor de líquidos inebriantes é bem estruturado ...


... e lembra as casas européias onde funcionários circunspectos e atenciosos orientam os clientes nos aspectos hedonistas da gastronomia.


Alguns restaurantes expõe o cardápio nas calçadas. Esse (Orquestra de Panelas) fica em um primeiro andar, num conjunto clássico de casas, com ambiente aconchegante e comidas memoráveis.


Pode-se sentar à sombra das árvores frondosas e ver o mundo passar, olhar os outros, ouvir conversas e desfrutar outras delícias do ócio especulativo.


Recantos modestos em tamanho oferecem sabores deliciosos, como essa sorveteria, duas portinhas sempre lotadas de gente.

A rua termina no Sheraton, o hotel mais sofisticado da capital gaúcha, o que não impede que outros hotéis menos estrelados também sejam, ao seu jeito, confortáveis e com serviços dignos.


O contraste entre o novo e o mais clássico permeia os arredores de Moinhos de Vento e da Padre Chagas.


As ruas são movimentadas e muitas vezes há congestionamentos, mas as calçadas são sempre passarelas tranquilas onde caminhar é um desfile existencial por entre olhares, jardins e edifícios que formam um cenário para os humanos exercitarem suas vaidades e suscetibilidades metropolitanas.


Uma vista do bairro, um lugar clássico da capital gaúcha. A cidade se esparrama ao redor, entre lombas (colinas), vales e o lago Guaíba.


Até a vista do aeroporto Salgado Filho é linda ao mostrar Porto Alegre em seus melhores ângulos, mas sem esgotar os mistérios e outras delícias que existem na área central e em outros bairros menos glamurosos porém tão instigantes quanto as zonas ricas e famosas. São todos lugares para se flanar, caminhar sem rumo, olhar sem pressa e sentir a vida tomar seus rumos estranhos e reconfortantes....

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Mestrado em Turismo - Universidade de Caxias do Sul, RS


Estou em Caxias do Sul, na Universidade de Caxias do Sul (UCS), participando de uma banca no mestrado em turismo.


Esse é o Guilherme Bridi, turismólogo graduado na UCS e recém-mestre, enquanto defendia sua dissertação: "Formação e atuação do turismólogo no cenário das agências de turismo: contrapondo tendências". Ele foi aprovado com nota máxima, distinção e louvor, porque soube avaliar competências e habilidades necessárias que a academia e a sociedade (e o mercado) exigem ou pensam que exigem dos profissionais, especialmente dos turismólogos. Seu trabalho deixou claro que ele conhece o mercado e que leu muito para avaliar o turismo sob o  enfoque pedagógico.


Aí está a banca: Edegar Luiz Tomazzoni (esq.), Marcia Maria Cappelano dos Santos (orientadora e coordenadora do mestrado), eu e Susana Gastal. O trabalho do Guilherme mostrou como o trade das agências de viagens ainda não valloriza devidamente certas competências fundamentais como ética e conhecimento e sente dificuldade em entender as mudanças sociais, culturais e tecnológicas. Logo não se prepara adequadamente para o futuro, que por sinal já começou. Não há problema, quem não se adapta devidamente desaparece, some do mercado. E não faz falta alguma.


Familiares e amigos ouviram atentamente a defesa, pois muitos serão os próximos(as) a defenderem seus trabalhos perante uma banca. Quando a banca proclamou o resultado os aplausos foram demorados e entusiasmados. É uma dé-lícia participar de bancas onde o(a) candidato(a) conhece profundamente o assunto e arrasa na defesa. É o prazer dos professores, ver frutificar - ou florescer - anos de trabalho e estudo em um texto bem elaborado.
O pessoal do mestrado estruturou essa roda de disciplinas para visualizar o que cada uma delas tem a ver com hospitalidade e turismo. Lembra o círculo desenvolvido por Jafar Jafari, mas oferece referência imediata por ser móvel e interativa.

Este é o "bandejão" da UCS. Depois da defesa fomos comer uma sopa, galeto, maionese e outras coisinhas altamente influenciadas pela imigração italiana.


Nada mal para um "bandejão" universitário, com vinho local para facilitar a degustação. O campus da UCS possui três restaurantes maiores (esse acima é o do Lago) e várias lanchonetes. Faz anos que frequento a UCS e sempre me admiro com a qualidade do campus em geral e da alimentação, em particular. Aí estão as fotos que mostram o lugar.

Essa é a vista que se tem do restaurante: o lago, as matas e os outtros prrédios modernos que se espalham por uma área ampla e acidentada. Doce vida acadêmica...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais


Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais

Afinal, o que são estudos culturais, o título de um dos três novos programas de mestrado, recentemente aprovados pela CAPES, que será oferecido na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP? Logo abaixo está o primeiro release do programa. Para maiores informações aguarde. Em breve o site da EACH trará tudo sobre as inscrições, o processo seletivo, matrículas e bibliografia indicada para a seleção. Posso adiantar que Edward Said, Raymon Willians, Néstor Canclini e Edward Thompson são nomes muito falados pelos corredores da Escola. 



"Os estudos culturais se originaram no Reino Unido na década de 1950 como um campo interdisciplinar oriundo dos estudos literários e históricos e, ao longo dos anos, proliferaram nos Estados Unidos e na América Latina. Os pesquisadores dessa área buscam, em termos gerais, compreender as intersecções entre cultura, indivíduo e sociedade em perspectiva sincrônica e diacrônica. De modo mais específico, alguns trabalhos investigam o atual apagamento das fronteiras entre alta cultura e cultura de massa ou comercial, debruçam-se sobre objetos culturais híbridos, interessam-se por configurações identitárias de grupos socialmente marginalizados, pelos processos migratórios e pelas trocas culturais que deles advêm. Em vertente complementar, os estudos culturais – dado o seu lastro teórico que abrange desde os pioneiros anglo-saxões até o pós-estruturalismo francês e o multiculturalismo – contribuem para a crítica das disciplinas e saberes consagrados, indagam sobre os modos como se vêm produzindo historicamente as pedagogias, as ciências, e sobre que interesses subjazem a elas; isto é, a partir de uma visada crítica e histórica lançam a dúvida sobre a construção do conhecimento no Ocidente e sobre o modo como este se impõe sobre formas alternativas de cultura e conhecimentos."



Imagine estudar as relações culturais em um país tão diversificado e sofisticado como o Brasil... Fazer um mestrado descolado na USP ... Participar de discussões inéditas sobre a cultura brasileira e suas articulações e tensões com as culturas do mundo... Então fique esperto e nos próximos dias descubra tudo sobre o novo mestrado no site  www.each.usp.br 



sábado, 20 de novembro de 2010

O drama dos aeroportos brasileiros - o caso omisso de Viracopos

Confira minha entrevista na CBN (22/11/2010, 10h10), no programa do Heródoto Barbeiro, sobre o possível caos aéreo brasileiro do final de ano que já foi devidamente anunciado:


Jornal da CBN

Desde 2007, quase nada foi feito para mudar estrutura que gerou a crise aérea



Entrevista com Luiz Trigo, professor do curso de Lazer e Turismo da Universidade de São Paulo (USP)



http://cbn.globoradio.globo.com/programas/jornal-da-cbn/2010/11/22/DESDE-2007-QUASE-NADA-FOI-FEITO-PARA-MUDAR-ESTRUTURA-QUE-GEROU-A-CRISE-AEREA.htm



E essa notícia saiu no dia 19 de novembro, em toda a mídia:

A principal associação mundial de companhias aéreas censurou ontem o Brasil por deficiências de infraestrutura que ameaçam o fluxo de passageiros na Copa de 2014 e na Olimpíada de 2016.

"O Brasil é a maior economia da América Latina e a que cresce mais rápido, mas sua infraestrutura é um desastre crescente", afirmou o presidente da Iata, Giovanni Bisignani, em discurso distribuído à imprensa.
Bisignani, que falou no fórum da Associação de Transporte Aéreo da América Latina e do Caribe, no Panamá, alertou para a demanda que virá com os megaeventos esportivos e exortou autoridades e empresas nacionais a prepararem um plano "se quiserem evitar vexame".
"O relógio está correndo e eu não vejo muito progresso", afirmou. "Dos 20 maiores aeroportos domésticos do Brasil, 13 não conseguem acomodar as demandas em seus terminais. E a situação em São Paulo é crítica."
A maior preocupação da Iata é o Aeroporto Internacional de Guarulhos. A associação criticou a decisão da Infraero, depois revertida, de fechar uma das pistas no próximo ano. A capacidade atual do aeroporto é insuficiente para o crescimento da demanda.


Fontehttp://www1.folha.uol.com.br/mercado/832952-aeroporto-no-brasil-e-desastre-diz-associacao-mundial-de-aereas.shtml


No dia seguinte, 20 de novembro (sábado), o jornal Correio Popular, de Campinas (SP) publicou uma matéria sobre o aeroporto de Viracopos. No mês de outubro o aeroporto campineiro teve um público recorde de 500 mil pessoas, graças às operações da Azul, que fez de Campinas seu hub; da Trip, cuja origem é Campinas; e de outras companhias aéreas como Gol e Tam. Foram 4.364.651 embarques e desembarques por ano, em condições sofríveis, como demonstrarei a seguir. A FIFA está preocupada com as condições aeroportuárias brasileiras, a imprensa estrangeira idem, alguns brasileiros conscientes e que sabem o que é qualidade em transportes também se preocupam. E a Infraero? Veja a declaração da superintendente de Viracopos, Lilian Ratto Neves ao jornal (Correio Popular, 20/11/2010, p. A4): "Lilian lembrou que, mesmo com o recorde de 500 mil pessoas em outubro, o aeroporto atendeu bem ao público e às companhias aéreas"



Esse é o problema. As autoridades (sic) insistem em não ver que o seu serviço é péssimo, abaixo de qualquer expectativa decente contemporânea no que se refere a transportes. Esse, acima, é o aeroporto. Um grande salão com alguns serviços e um monte de gente em áreas improvisadas. Não há pontes de embarque, o estacionamento é uma bagunça, sem sinalização e chão de terra batida, parece um desses estacionamentos de raves (sem querer ofender as raves). Improvisação pura e porca.



Está com dor de cabeça, enjôo, cólica ou quer comprar algum item higiênico na farmácia?



Não tem. Pode embarcar com seus desconfortos físicos e necessidades não satisfeitas porque ...


... a Anvisa interditou a única farmácia de Viracopos. Passageiros e funcionários que se danem, afinal farmácia é supérfluo na cabeça dos burocratas que pensam administrar o aeroporto.


Em uma das cabeceiras a cena comum a vários aeroportos brasileiros (como Brasília): aviões abandonados, jogados ali como se fosse um lixo aeronáutico.


Os jatos estão por meses a fio abandonados.


O posto de informações  turísticas da Prefeitura de Campinas não está conectado à internet, não faz reserva de hotéis e as únicas informações são uns folhetos e mapinhas. Pobreza.



Então, dona Lilian, que tal a senhora e seus amigos da Infraero saberem que existem coisas decentes pelo mundo? Acima o exemplo de transporte intermodal em Amsterdam. Os trens unem a cidade ao aeroporto Schipol e o sistema de barcos está aa lado da estação central.


O hotel Íbis da Centraal Station ficou pequeno e as autoridades autorizaram que o segundo bloco fosse construído SOBRE os trilhos, bem ao lado da estação. Isso é inovação e articulação decente.


Essa foto tirei de uma das janelas da lateral do hotel, os trens passam bem embaixo, claro que as paredes e janelas têm isolante acústico.


Esse é um dos saguões do aeroporto de Hangzhou, na China. Básico.


Essa é a parte externa do aeroporto de Kuala Lumpur, Malásia. No subsolo do aeroporto está o KLIA (Kuala Lumpur International Express), um trem super-confortavel que liga o aeroporto à estação central em 28 minutos. 


Jardins bonitos, né?


Fazem parte das áreas internas do aeroporto de Bankok, Tailândia. Desde esse ano um trem elevado liga o aeroporto ao centro da cidade.


Os saguões são amplos, iluminados e confortáveis e as áreas de entrega de bagagens são imensas. Note que são países emergentes, tão carentes quanto o Brasil (ou muito mais), porém valorizam o turismo e seus meios de transportes.


Hong Kong. Um dos melhores aeroportos do mundo. Na foto vê-se uma ínfima parte do complexo. Pode-se passar horas passeando, comprando, comendo ou curtindo as horas de espera do voo. Os desembarques internacionais são feitos em 15 ou 20 minutos, nada comparável ao aeroporto de Guarulhos (SP), onde demora-se entre duas a três horas para sair no desembarque internacional. Trens? Nem pensar, no Brasil é um tabu facilitar o acesso aeroportuário. 

Então, dona Lilian, o aeroporto de Viracopos, e a maior parte dos aeroportos brasileiros, NÃO atende bem nem os passageiros e nem as companhias aéreas. Afinal, qual parte da frase "os aeroportos brasileiros são muito ruins" a Infraero não consegue entender?

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Eventos internacionais no Brasil: uma lista de 2011 a 2018

As pessoas estão animadas com os megaeventos que virão para o Brasil, mas se observarem os números futuros ficarão mais festivas. Não é só de Copa do Mundo, Olimpíadas ou torneios esportivos que turbinam a economia brasileira. Perguntei à Embratur quais os eventos previstos para o país e fui prontamente atendido pela Ana Carolina Silva Moreira, da Gerência de Congressos, Negócios e Incentivo (Diretoria de Produtos e Destinos) que enviou a lista dos eventos para os próximos anos.


Atenção: a lista não está completa porque a prospecção e captação dos eventos é feita permanentemente, tanto pela Embratur como pelos Conventions Bureaus de São Paulo e Rio de Janeiro (os maiores destinos de eventos do país), Brasília, Porto Alegre, Recife e Salvador... Ao final de cada ano a Embratur e a ICCA (International Congress and Convention Association) consolidam os números.



Este blog publica com exclusividade os 72 eventos - até agora confirmados - que agitarão o país nos próximos anos:


2011 – 14º Congresso Mundial da Federação Internacional de Patologia Cervical e Colposcopia – Salvador, BA

2011 – 39ª Conferência Mundial de Escotismo – Curitiba, PR

2011 – 11º Fórum Mundial de Jovens Escoteiros – Florianópolis, SC

2011 – Congresso Mundial de Recursos Hídricos – Recife, PE

2011 – Encontro da Federação mundial de Sociedades Neurocirúrgicas – Recife, PE

2011 – CITA – International Motor Vehicle Inspection Committee – local a confirmar

2011 – 9ª Conferência da Sociedade Internacional de Biologia de Sementes – Salvador, BA

2011 – Conferência Internacional em Pragas Urbanas – São Paulo, SP

2011 – International Towing Tank Conference (diques secos) – Rio de Janeiro, RJ

2011 – Academia de Materiais Odontológicos – São Paulo, SP

2011 – ISCAS Circuits and Systems – Rio de Janeiro, RJ

2011 – VIX ALANEPE – São Paulo, SP

2011 – IX Congresso Latinoamericano de Terapia Ocupacional – Recife, PE

2011 – 16th  International Symposium on Health-Related Water Microbiology – Watermicro 2011 – Florianópolis, SC

2011 – 18th  International Conference on Medical Phisics – Porto Alegre, RS

2011 – 21th  EASD Islet Study Group Symposium – Natal, RN

2011 – World Forum on Early Care and Education – São Paulo, SP

2011 – APCOM – Aplication of Computers and Operation Research in Mineral Industries – Porto Alegre, RS

2011 – VI Congresso Internacional das Cidades Santuários – Aparecida, SP

2011 – JCI (Junior Chamber International) - Conference of the Américas – Porto Alegre, RS

2011 – V Congreso ALACCSA del Hemisferio Sur – Rio de Janeiro, RJ

2011 – 5º CISM Jogos Mundiais Militares – Rio de Janeiro, RJ

2012 – XXIV World´s Poultry Congress – Salvador, BA

2012 – 18th Congress of the International Ergonomics Association, IEA – Recife, PE

2012 – General Session & Exhibition of the International Association for Dental Research, IADR – Rio de Janeiro, RJ

2012 – XVI World Congress of Food Science and Technology – Salvador, BA

2010 – World Congress Computational Mechanics – São Paulo, SP

2012 – International Brick and Block Masonry – Florianópolis, SC

2012 – 10th WCCM – World Congress of Computational Mechanics – São Paulo, SP

2012 – World Convention of Churches of Christ – Goiania, GO

2012 – 10th International Conference on Goats (cabras) – Recife, PE

2012 – 22nd International Conference on Chemical Thermodinamics – Búzios, RJ

2012 – 19th World Congress on Medical Law – Maceió, AL

2012 – Congress of the World Federation of Building Services Constructors – Curitiba, PR

2012 – International Conference on Offshore Mechanics and Arctic Engineering,  OMAE – Rio de Janeiro, RJ

2012 – International Congress on Cell Biology – Rio de Janeiro, RJ

2012 – NO DIG – Conference of the International Society for Trenchless Technology – São Paulo, SP

2012 – World Stroke Congress – Brasília, DF

2012 – 6th World Water Forum – Porto Alegre, RS

2012 – IABA – Inter-American Bar Association Conference – Rio de Janeiro, RJ

2012 – FLAGBLAST – International Symposium on Rock Fragmentation by Blasting – Porto Alegre, RS

2012 – Congresso de Fisiologia e Farmacologia da Termorregulação e Febre – Ribeirão Preto, SP

2012 – Encontro Anual da Associação de Biologia Tropical e Conservação ATBC – Bonito/Campo Grande, MS

2012 – IGLTA (International Gay and Lesbian Tourism Association) Annual Convention – Florianópolis, SC

2012 – Annual Meeting of the International Society for Magnetic Resonance and ISMRM Scientific Meeting and Exhibition – Rio de Janeiro, RJ

2012 - Campeonato Mundial de Atletismo Masters –

2013 – International Conference on the Teaching of Mathematicals Modelling and Aplications – ICTMA 14 – Blumenau, SC

2013 – WorldLeish – World Congress on Leishmania and Leishimaniasis – local a confirmar

2013 – International Clay Conference – ICC – Rio de Janeiro, RJ

2013 – XXXIV Interamerican Congress of Psychology – Brasília, DF

2013 – General Conference of the International Council of Museums (ICOM) – Rio de Janeiro, RJ

2013 – XX World Master Athletic Championship Stadia – Porto Alegre, RS

2013 – Congress of the Trim and Fitness International Sport for All – TAFISA – São Paulo, SP

2013 – II Encontro Latino Americano de Intérpretes de Línguas de Sinais – Febrapils – São Paulo, SP

2013 – LESI (Licensing Executives Society) Annual Conference – Rio de Janeiro, RJ

2013 – WAS (World Association of Sexology) World Congress – Rio de Janeiro, RJ

2013 – XIV Joint Meeting IPITA-IXA (International Diabetis Federation) – Recife, PE

2013 – IV Congreso de la Asociación Ibero Latinoamericana de Terapia Radiante  y Oncológica – ALATRO – São Paulo, SP

2013 – International Conference on General Relativity and Gravitation – GR – São Paulo, SP

2013 - Copa das Confederações FIFA – locais a decidir

2014 – 26th World Congress of the International Society of Orthopaedic Surgery and Traumatology – SICOT – São Paulo, SP

2014 – World Congress on Endometriosis – São Paulo, SP

2014 – ISWA (International Solid Waste Association) World Congress – São Paulo, SP

2014 – Congresso da International Society for Sexual Medicine – São Paulo, SP

2014 - Copa do Mundo FIFA – Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo

2015 – Annual Convention of Rotary International – São Paulo, SP

2015 – XV Congresso Latino Americano de Infectologia Pediátrica – São Paulo, SP

2015 – World Congress on Medical Physics and Biomedical Engineering – Recife, PE

2015 – International Conference on Oral and Maxillofacial Surgery – ICOMS – Rio de Janeiro, RJ

2016 – 13º International Citrus Congress – Londrina, PR

2016 - Jogos Olímpicos e Para Olímpicos - Rio de Janeiro

2018 – World Soil Science Congress – Rio de Janeiro


Evolução dos Eventos no Brasil

O Brasil está em sétimo lugar no ranking internacional da ICCA (International Congress and Convention Association), em um total de 86 países, atrás apenas dos Estados Unidos (595 eventos, em 2009), Alemanha, Espanha, Itália, Reino Unido e França. Observe a tabela abaixo:


ANO    EVENTOS no Brasil

2000 – 124
2001 – 105
2002 – 107
2003 – 128
2004 – 161
2005 – 186
2006 – 231
2007 – 223
2008 – 255
2009 - 293


Consulte o site da ICCA através do link acima e leia (em inglês) o relatório sobre o perfil, tendências e cenários dos eventos no mundo.

Para terminar o post, deixo a declaração exclusiva de Eduardo Sanovicz, ex-presidente da Embratur, atualmente membro do Conselho da Reed Exhibitions Alcântara Machado, um dos maiores promotores de eventos do mundo, e professor da EACH-USP:

“No que diz respeito aos segmentos de negócios de eventos, pouco menos de 8 anos depois da implantação dos novos programas de busca e captação realizados pela Embratur, o setor de turismo de negócios já esta do tamanho da economia brasileira e isso gera parte importante dos bilhões de dólares em turismo que entram no país. As contas ainda estão pendentes quando falamos do segmento lazer, porque o turismo de lazer ainda não está a altura da economia brasileira, portanto os eventos podem ajudar significativamente a área como um todo. As grandes novidades nesses últimos dez anos foram o investimento maciço em negócios e eventos e a implantação da conectividade aérea entre Europa e EUA para o Norte, Nordeste e Centro Oeste do Brasil. Foram ações estratégicas.”

Os próximos anos prometem, precisamos preparar os recursos humanos e a infra-estrutura para deixarmos uma imagem cada vez melhor aos nossos visitantes e para nossa própria população que merece simplesmente o melhor.

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domingo, 14 de novembro de 2010

Congresso Brasileiro de Turismólogos 2010

O Congresso Brasileiro de Turismólogos aconteceu em Belo Horizonte (MG), no Minascentro, de 12 a 15 de novembro de 2010. Foi o primeiro nessa categoria.


Dessa vez os winglets não foram laranja (GOL) ou vermelho (TAM), mas sim Azul. A Azul e a TAP foram algumas das patrocinadoras do evento. Voei no EMB 195, uma dé-lícia.


Decolei de minha cidade, Campinas, e aí você vê parte do Parque Prado, um dos bairros planejados da cidade que também é uma dé-lícia.


Esse foi o primeiro evento nacional de porte organizado pelo Instituto Brasileiro de Turismólogos (IBT) (www.turismologos.org.br), com sede em Belo Horizonte. A história é a seguinte, antigamente os grandes eventos eram organizados pela ABBTUR Nacional (Associação Brasileira de Bacharéis em Turismo), uma entidade que teve um papel fundamental e importantíssimo para o turismo brasileiro no passado, especialmente na área acadêmica. Atualmente e entidade vive uma situação constrangedora, já que a atual gestão nada faz, não se comunica, não dá explicações e acha que está tudo bem em sua letargia. Não está. O último congresso da ABBTUR foi em 2008, em Gramado (RS). Desde lá, sob nova direção, nada aconteceu, a não ser promessas vãs e patéticas como o regulamento da profissão, prometido com grande pompa para 2009... Para você ter idéia, no site http://www.abbtur.org.br/eventos.htm , o último evento descrito é o Salão do Turismo ... de 2008!!! E eles devem achar ótimo, no estado esquizóide em que se encontram. Para não dizer que o site ficou fora do ar durante meses. Aliás, é como se ainda estivesse out.



Como não existe vácuo no poder, surgiu o IBT. Possui um site organizado, que interage com as pessoas e estruturou um congresso nacional que contou com o apoio de empresas e pessoas relevantes do turismo brasileiro (veja a programação e os nomes em http://www.turismologos.org.br/congresso/. Acima, parte da diretoria: Gisele Mafra, Luciana Carmo, Marcio Bensuashi e Patricia Luce. É um pessoal novo, antenado, com visão de Brasil e dos problemas do turismo. O ponto principal é que foram aceitos por uma massa de estudantes e profissionais que estão sem representação - sim, a ABBTUR Nacional não é mais, na prática, representativa  - e tentam articular metas e objetivos. Isso quem está dizendo sou eu. Durante o Congresso a diretoria do IBT deixou claro que pretende apenas organizar ações em diversos níveis - o que é direito de todos em um país democrático -, sendo muito ética quanto à ABBTUR. Sou eu que, como  associado da entidade, tenho o direito de reclamar e pedir explicações.


Os cursos de turismo possuem hoje um novo perfil e configuração. Muitos cursos fecharam, as universidades públicas abriram muitos programas e as pessoas querem ser ouvidas e participar, algo que a ABBTUR deixou de fazer a muito tempo. Aí está parte da livraria. Pequena, como foi o congresso. Não há mais público para os grandes eventos de duas ou três mil pessoas do passado. Não precisa. A área acadêmica exige poucos, mas bons.


A Secretaria do congresso foi eficiente, atenciosa e bastante profissional. Para um primeiro evento, a qualidade estava acima da média.

Cerca de 700 pessoas se inscreveram, mas apenas uns duzentos ou trezentos participaram dos debates. É um problema cultural de nossa área. Os estudantes precisam se conscientizar de que a excelência profissional  se faz com presença, trabalho, estudo e disciplina. Falamos tudo isso para um público atento que entendeu os desafios propostos. Afinal, eles sabem que se o Brasil continuar a crescer e os mega-eventos forem bem sucedidos, serão necessários profissionais altamente capacitados. Não há mais espaço para amadorismo, improvisações ou picaretagem. Certo que alguns ainda não entenderam, mas o tempo se encarrega de ensinar. 


Essa é a mesa da qual participei: Márcio Bensuashi (esq.), Adailton Magalhães (Conselho Regional de Educação Física de MG), Mauricio Werner (UniverCidade, RJ) e eu. O tema foi a regulamentação da profissão de turismólogo. Houve um consenso de que é algo interessante, mas não fundamental. Comentei que muitos políticos ou grupos demagógicos usam a nós, turismólogos, como pretensa plataforma para ganhar votos. Claro que há gente bem intencionada (mas de boas intenções...). Mais importante que a regulamentação da profissão é uma seriedade nas atividades profissionais, qualidade nos cursos, comprometimento dos alunos, dos docentes e do "trade" para com a atividade turística. Ficou evidente que a regulamentação é importante para atividades de saúde (onde se enquadra Educação Física, por exemplo), ou áreas que oferecem possibilidade de danos diretos às pessoas como direito, engenharia, arquitetura etc. 
Há coisas mais importante para a gente se preocupar do que o falacioso canto da sereia da regulamentação. Se vier, ótimo, mas não é isso que resolverá nossos dilemas e problemas. 


Turismólogos de todo o Brasil estavam presentes e no final da palestra tiramos fotos, trocamos cartões e nos conhecemos um pouco. É nessas horas, com essas pessoas, que sinto orgulho de ser turismólogo e penso que vale a pena continuar a luta com toda essa gente para que nossa área receba o respeito e a consideração que merece. Espero, sinceramente, que o Instituto cresça, seja cada vez mais competente e analise bem os erros e omissões da ABBTUR Nacional para não repeti-los. O plenário deixou muito claro que se sente representado pelo IBT. O tempo dirá se essa onda é um modismo, como tantos do passado, ou se faz parte de um novo movimento profissional. A área do turismo, hoje órfã, torce para isso dar certo. Eu aposto que vai prá frente, até assinei o documento final do Congresso.


Depois de muitos abraços e beijos com a turma, conseguimos sair para o aeroporto leves e felizes, o Maurício, sua esposa Roberta e eu. Eles foram para o Rio, mas com conexão no hub da Azul: Campinas city. Em suma, o trem foi bão demais, sô!